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sábado, 2 de outubro de 2010

Manifesto pela maternidade

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Mãe que dá o melhor de si e convive com a crônica sensação de que nada é o suficiente.
Mãe de carne, osso e vísceras que, ao se perceber humana, sente-se cada vez mais distante do ideal de devoção da Santa Mãezinha. E por isso se culpa.
Mãe que comprou o sabonete com óleos essenciais, o iogurte com fibras, o desinfetante com cloro ativo, a fralda com bloquigel e mesmo assim seu filho não dormiu a noite inteira, seu marido se queixa e sua casa não é o templo limpo, perfumado e livre de insetos que aparece na TV.
Mãe mulher, dona de casa, profissional e amante, que segue passo a passo as dicas das revistas femininas para conciliar seus inúmeros papéis e virar “super”, mas ainda não encontrou sua capa.
Mãe cuja única preparação para a mais dramática mudança da sua vida foi o cursinho da maternidade e, se privilegiada, a decoração do quartinho e a compra do enxoval.
Mãe que vive em uma sociedade que a glorifica, ao mesmo tempo em que a obriga a terceirizar a criação dos seus filhos. Seja por necessidade, independência ou reconhecimento. Como se, em qualquer um desses casos, essa não fosse uma decisão extremamente difícil.
Mãe que se divide diariamente entre a administração do lar e da profissão, encarando múltiplas jornadas que a levam constantemente à exaustão física e emocional.
Mãe que se dedica de corpo e alma ao significativo projeto de criar uma criança, enfrentando um nível de cobrança superior ao de qualquer chefe ranzinza e cliente exigente. 365 dias por ano, 24 horas por dia. E mesmo assim é percebida como alguém que não faz nada. Até por si mesma.
Mãe pobre que, quando opta pelos filhos, é acomodada. Quando rica, é madame. E, quando profissional, é ausente


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

3 meses

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Ela está suuuper ativa, conversadora, risonha, calminha e ao mesmo tempo bangunceira. Não quer mais ficar deitada no colo já há algum tempinho, decidiu que já é gente grande e quer ver o mundo na vertical.

Como se diverte observando as coisas! Qualquer objeto que você deixe do lado, ela fica lá, numa força tremenda de alcança-lo (embora ainda não consiga).

Quando deitada no colo, faz uma força danada com a cabeça e ombros pra frente. De bruços não fica mais igual um pica pau bicando a cama, já consegue sustentar além da cabeça, os ombrinhos. Os progressos são diário, e pra gente que é pai e mãe, cada ganho é praticamente uma loteria, por isso a gente fica assim: bobo.

Cabelo de criança não cai igual. Cai um tufo aqui, outro tufo ali, e assim, de tufo em tufo, o travesseiro da Laís fica cheio. Haja cabelo! Vivo falando não sei quem perde mais cabelo a Laís ou o Roberto, kkkkkkk

Furamos a orelhinha, nossa que horror, não façam como eu. Não demore tanto para furar, deve-se furar antes dos 4meses.

Amamentar exclusivamente não dá, todos os dias a Laís toma água na chuquinha, como faz calor aqui em Bsb. Peso: 6.400, 62cm.
Tão risonha!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mais vacinas

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Ainda no hospital a Laís tomou a BCG e a primeira dose da Hepatite B. Mês passado tomou a segunda dose, mas não teve reação.


Na segunda feira fomos ao posto de saúde para as vacinas de 2 meses.

Quem é mãe sabe: a vacina também dói muito na gente! A enfermeira pediu que eu segurasse o corpinho, pegou a perninha dela e injetou a agulha de mais ou menos 1 cm na perninha.

Pronto! Laísinha abriu o berreiro
Aiiiii, que dó!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ela tomou a Tetra que une Difteria, Tétano, Coqueluche e Hemófilo B.a Mais o Rotavírus que é oral e Pólio.

Teve febre , irritabilidade , dificuldade para mamar... e um choro inconsolável . Très horrible!http://www.plugbr.net/alerta-vacina-tetravalente-pode-causar-febre-e-outras-reacoes-adversas/


Passamos para as fraldas M. Não vejo a hora de saber qto nossa  menina está pesando =)


terça-feira, 17 de agosto de 2010

2 meses

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Comecei  a fazer massagem na pequena antes do banho. Acho que ela gosta e fica mais relaxada e para mim também é uma terapia.  Fiz curso no Anchieta de gestante e tinha um tópico para a Shantala. Uma dica é fazer a massagem sempre com o bebê tranquilo, de bom humor e sem fome, num ambiente aquecido se estiver frio. Depois do banho ela mama e dorme bem a tarde

De resto tudo calmo. Estamos saindo cada vez mais. Bem, vida normal acompanhada da nossa Laís , que se comporta sempre muito bem fora de casa (dorme até mais facil!). 

Hoje a ela faz 2 meses e a sensação que tenho é que esta passando muito rápido.
Ontem foi dia de consulta e de vacina, daqui a 15 dias tem as outras vacinas .Esta engordando muito!!! Pesou 5.245g e ja mede 58cm. Esta super esperta e fofa.(bem minha opinião não conta.... afinal sempre acho ela linda)

Bem uma questão ela só quer colinho...  olha para mim como diz:" se vc sair eu vou chorar" Como lidar com isso? Evitar o colo desnecessário e díficil pois (sempre) tem alguém para ninar... lógico que eu na hora da mamada dou  todo o aconchego do mundo,  pois é essencial. Como saber dosar?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Prioridade Absoluta

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25 dias

Resume bem o título, a minha situação atual. Todos os dias eu fico decifrando cada gemido. Um é cólica, outro fome... ou somente atenção e colo.  Como as pessoas me olham como se eu soubesse um idioma especifico para casa situação.


Bem tive que fazer uma prova há duas semanas, e a Laís ficou com o Roberto no carro, passou a tarde com Nestogeno (meu leite geralmente é para pronto consumo), a noite quem disse que ela queria meu peito, achou mais fácil na chuquinha. Que trabalho para pegar...

Esse neném alcançou os 4 quilos, pensa o peso! Cheia de dobrinhas muito fofinha e está dormindo no  bercinho de 00hs as 5 horas depois passa para nossa cama e não sai mais.Quando quer mamar pega a mão muito engraçado! Falando em mamar, não consigo amamentar em público dá vontade de colocar para fora e pronto....  detesto esse pudor todo! 

Geralmente não tenho problemas com pessoas que querem segurá-la, só tem uma regra: Nada de beijo.

Estamos seguindo bem nossa rotina, e ela não da trabalho a noite! Parece que me acostumei com o esquema de sono picado. É impressionante nossa capacidade de adaptação, não? Aproveito o dia para organizar as coisas  e ler... Até que é bom ter um tempo em casa! Claro que sinto falta de sair de casa, da agitação toda que era minha vida. Mas basta lembrar que essa é so uma fase, como tantas outras. A diferença é que, sinceramente, agora é muito mais prazeroso



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pós- parto.... primeiros dias

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Nossa menininha tá tão linda, super diferente cada dia mais fofinha, um doce!

Bem tivemos que passar seis dias na maternidade, pois ela teve icterícia (nos temos tipos sanguíneos diferentes, isso ocorre em alguns casos). Na maternidade fui super bem tratada, o ruim é que não estava preparada para passar essa quantidade de dias, queria ter ficado as 48 horas e ir logo para casa.

Enfim.... Nos primeiros dias ela acordava somente duas vezes meia noite e quatro horas da manhã.(positivo né?)Eu e o Robert dividimos os turnos, estamos nesse primeiro mês na casa da minha mãe, que está nos ajudando muito.

Reclamação do parto normal: nenhuma! Estou cada dia melhor, emagreci 8 kg dos 12 que ganhei. Claro o repouso necessário, mas para quem me conhece sabe que isso é um desafio para mim!

Amamentação como é complexa, meus seios tiveram fissura como doía, Caracas! Era super desagradável e cansativo, mas agora está melhorando meu peito está se adaptando a necessidade dela, sou a fonte de vida, o cabo de alimentação, a responsável pela sobrevivência dessa pequena.
Tive um presente de aniversário maravilhoso, pois essa neném veio bem próxima a data. Os presentinhos foram duplos, pra mim e pra ela.

Fomos ao pediatra para primeira consulta, ela já engordou 760gramas, acima da média! Vou sentido essa neném engordando nos meus braços. A Laís mama a manhã toda, a tarde toda, a noite toda e a madrugada toda, já está perdendo as roupas.

Nos três últimos dias está sofrendo muito com gases, está com a barriga enorme, tadinha. Se contorcendo toda e reclamando, choramingando alto. Não conseguia dormir mais de uma hora direto. Quando isso vai dar uma trégua a esses pais cansados?

 Daqui a dois dias ela completa um mês! Parabéns nossa menina

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Relato do Parto

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Na madrugada do dia 16 de junho, nada de diferente além as dores que já havia tendo sempre, nesse mesmo horário, entre 3 e 4 horas da manhã. Acordei pensei vou para a sala para não acordar o Roberto (ele tem que acordar cedo para ir trabalhar e ficar do lado de alguém se contorcendo não podendo ajudar, do que adianta?). Fui para a sala, como sempre ficava andando de um lado para o outro, abaixava, ficava de quatro, rebolava com as contrações que até então eu pensava que fossem nada. Então escorreu pela minha perna sangue, não tive nenhum sangramento durante toda a gestação, fui ao quarto chamei meu esposo, ele gritou: Perigo! Eu ri disse: acho que chegou o dia. Abraçamos-nos, fui tomar banho ele foi pegar a bolsa da Laís e arrumar minhas coisas, super light nós, tínhamos feito juntos o “plano de parto”. Saímos para o hospital, o médico disse que estava com 2 centímetros de dilatação e que poderia ir para casa, voltar quando a contração estivesse de 5 em 5 minutos ou a bolsa tiver rompido. Fomos para casa da minha mãe muitoooo felizes.

Contrações de 30 em 30 minutos ou mais muito espaçadas queria fazer várias coisas não tinha coragem para fazer nada. Minha mãe e eu fomos caminhar na rua, e nada de diminuir o tempo entre uma contração e outra. Almoço com líquido (claro que me alimentei) bem leve. Liguei para o Robert disse que nada ainda de diferente

Para me distrair foi para o mercado com minha mãe, afinal era quarta-feira dia de fruta barata! Era empurrando o carrinho com contração. Eu ainda estava caminhando devagarzinho, mas resistindo. A barriga endurecendo cada vez mais forte, dor nas costas que vai passando para todo o corpo.

Chegamos estava passando no telecine Legalmente Loira, assistir tentando esquecer a dor que já estava de 10 em 10 minutos, cada vez mais forte e intensa. Nesse dia, estava sem net, aff.

Umas 6 horas da tarde finalmente chegaram de 5 em 5 minutos dessa vez coordenadas e violentas, respirava bem fundo. Minha mãe já com raiva de toda essa novela, ela teve cesárea 40 minutos de corte e costurada.

De novo para o hospital uma 18 horas, o médico disse: 3 centímetros; Ah não, desde 4 horas da manhã, 1 centímetro a mais, só isso. Fique lá andado de lado para o outro, cansada fiquei até às 21 horas.

Em uma sala, fiquei sozinha, tinha muita gente da minha família no hall do hospital, o que estava me deixando estressada. Fiquei lá mais de uma hora, me contorcendo. Avaliada novamente sem mudança e nem dilatação.

Não estava aguentando mais, falei para o Robert para irmos em casa. Queria tomar um banho, sentar em lugar confortável. Momento mais insuportável.

Na casa dos pais do meu marido tomei banho, vomitei e gritei muito as contrações estavam de 3 em 3 minutos. Em 40 minutos tive setes centímetros de dilatação.

Quando cheguei ao hospital novamente o médico tinha ido “tomar café” não tive sorte. Já estava no período expulsivo, toda dilatada, perdendo líquido com a bolsa rompida naturalmente e sem nenhuma anestesia!

O médico retornou e falou: Traz a cadeira de rodas que essa menina tá ganhando. Putz deu vontade de falar – Descobriu sozinho?(Eu já estava toda ensanguentada e as enfermeiras não faziam nada, tinha que ter a resposta médica para me internar).
Não fiz nenhum tipo de depilação apenas aparei, acho que se tivesse chegado antes tinha realizado tricotomia (procedimento considerado mais higiênico).
Infelizmente no momento da expulsão tive episiotomia (corte cirúrgico no períneo). Acho que deve ser um procedimento padrão, pois todas as mulheres que estavam comigo no centro obstétrico também tiveram. Fiz quatro forças e minha filha veio ao mundo, não tive contato logo pois no parto normal no SUS isso não é prioritário.

Trouxeram minha Laís, após avaliação pediátrica e o índice de apgar. Linda! Super ativa, com olhos abertos naquela luz imensa. Levaram minha neném para tomar as vacinas. Eu fui para um quarto cheio de mulher parida, a primeira coisa que pedi foi água, tomei 500 ml como se estivesse em um deserto e comi um pão com manteiga que foi o mais gostoso da minha vida, estava sem comer quase 8 horas.

Não dormi pensando no dia que havia passado, num sentimento de consegui! Caracas ela está aqui comigo e agora começa uma nova história para nós!

 

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